quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A TERRA ESTAVA VAZIA E VAGA – AUTOR: WERNER NEUERT

Segundo livro de contos de Werner Neuert (autor, também, de “Do ofício de matar bois”, livro de instigantíssimos contos). De novo com contos, desta vez Werner Neuert vai num crescendo: o primeiro conto tem exatamente uma linha e meia, e diz o seguinte:
“- Fui três vezes ver o morto. Sou prima do candidato a prefeito”, e o tamanho deles vai aumentando até se transformarem em contos longos, no final do livro, mas nenhum perde a sua genialidade e a sua instigância. Na orelha do livro pode-se ler, de autoria de Maicon Tenfen: “(...) Punhal. Cada frase é um rasgo na minha pele, um golpe transversado nos meus olhos, uma fatia do cérebro que, pingando, s’esvai (...)” Não há como ficar-se indiferente ao livro.


99 Páginas – Preço: R$15,00 – ISBN 85-86857-15-7 – 1ª edição - recomendado para adultos.
PS: ESGOTADO

SOB A LUZ DO FAROL – AUTOR: VIEGAS FERNANDES DA COSTA

São 35 crônicas selecionadas pelo próprio autor dentre as melhores que publicou na mídia. Segundo a escritora Urda Alice Klueger, que assina a apresentação da obra, “são textos que nos podem fazer rir quanto revirar o que temos de mais íntimo e nos apunhalar de dor; são como afiadas espadas de luz que Viegas cria com leveza ou angústia, e que nos esperam no livro para nos atravessar”. O posfácio leva a assinatura do escritor Maicon Tenfen.
Leves, irônicos ou líricos, os textos que compõem “Sob a Luz do Farol” demonstram o compromisso do autor com o seu tempo e com a sociedade em que vive.
Viegas Fernandes da Costa nasceu no município de Blumenau em 21 de fevereiro de 1977. Formado em História e professor de Humanidades no Colégio Metropolitano de Indaial, começou a escrever muito cedo. Poeta, contista, cronista e ensaísta, possui inúmeros trabalhos publicados na imprensa nacional e em antologias, detendo inclusive alguns prêmios literários. Viegas mantém também a coluna “Crônica da Semana”, distribuída para milhares de endereços eletrônicos em mais de uma dezena de países.

Apresentação da escritora Urda Alice Klueger para o livro “Sob a Luz do Farol”, de Viegas Fernandes da Costa.

Conheci Viegas em janeiro de 1997, quando sentamos em carteiras vizinhas para fazermos nosso Vestibular de História. Ele me reconheceu de imediato, e fiquei impressionada com sua curiosidade a meu respeito e a respeito de outros escritores que eu conhecia. Como estávamos ali por causa do nosso gosto pela História, no primeiro momento não me passou pela cabeça que aquela curiosidade literária advinha do fato de eu estar na presença de um dos raros grandes valores que a Literatura produz em cada povo.
Passamos os dois nos primeiros lugares do Vestibular, ele na minha frente, o que acho uma honra. Quando março chegou e nos reencontramos na mesma sala de aula, desde há primeira semana ficou muito claro a que o Viegas vinha – disparado, era o melhor, o mais inteligente e o mais preparado dos alunos daquela turma de História que se formou no ano de 2001, desde o primeiro semestre do Curso que nos tornamos bens e grandes amigos, amizade da qual até hoje tenho o prazer de auferir. Logo criamos o hábito da passagem por um barzinho, depois das aulas, para discutirmos os teóricos da História, um pouco de Literatura, ou mesmo para jogarmos converso fora.
Foi só com a nossa formatura, já dita em 2001, que houve, afinal, o tempo para se voltar à Literatura – e então é que fui, enfim, ofuscada pela beleza e pela luz que emanavam do que Viegas escrevia. Ele já nascera Mestre – a História viera apenas como caminho, como a lhe dar substrato para seus textos mais maravilhosos, tanto em prosa quanto em poesia, embora em nenhum momento meu amigo tenha desprezado nenhum outro assunto que mexeu com a sua alma, como o das suas muitas divas inspiradoras, por exemplo.
“Sob a luz do Farol” é uma coletânea de crônicas e contos seus, nascidos na famosa mesa 8 do Bar Farol, próximo à Universidade, em Blumenau.


136 Páginas – Preço: R$ 20,00 – ISBN 85-86857-25-4 – 1ª edição

SAMBAQUI – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Sambaqui é um romance baseado em pesquisas histórico-arqueológicas, sob a orientação da professora doutora Elizabete Tamanini, com prefácio da mesma, mapa, foto de objeto sambaquiano, de autoria de Charles Steuck, posfácios de Júlio de Queiroz, da Academia Catarinense de Letras, e do professor e historiador José Roberto Severino. É um romance que traz notas de rodapé e informa ampla bibliografia usada pela autora. A esmerada capa é de Johnny Kamigashima e a revisão de Daise Fabiana Ribeiro.

Sobre o livro, disse o escritor Viegas Fernandes da Costa:

SAMBAQUI

Somos um povo desmemoriado, reza o ditado, e por muito tempo estivemos acostumados à idéia de que nossa cultura fundou-se a partir da chegada dos portugueses por estas terras. Muito recentemente, porém, descobrimos os povos indígenas, hoje oficialmente reconhecidos como elementos essenciais na construção disto que chamamos de cultura brasileira. Mas recuar no tempo nunca foi o nosso forte, e pensar o território brasileiro habitado por seres humanos muito antes de 1500 parece algo absurdo, improvável. Porque povos antigos, afirmamos alguns de nós, estão lá nas pirâmides egípcias, nas ruínas mesopotâmicas, nas esquecidas ilhas do Pacífico, mas não por aqui. E sobre as ruínas deste passado que ajudamos a enterrar, esquecer e desconhecer, construímos nossas cidades, nossas rodovias, nossos cemitérios.
O que Urda faz, neste seu novo romance, é mostrar a antigüidade, a diversidade e a riqueza das pessoas que há mais de 4 mil anos já andavam por aqui, que nestas terras sepultaram seus mortos e que nos legaram alguns vestígios das suas culturas preservados sob nossos pés. Ao narrar a história de Jogu, Sanira, Calexo e tantos outros personagens que há quatro milênios organizaram suas vidas sobre uma montanha de conchas, que hoje chamamos de sambaqui, no litoral catarinense, Urda entrelaça ficção e arqueologia, arte e ciência, emoção e razão para compor, a partir dos fragmentos de um passado que se anuncia nas peças dos museus e nas pistas dos sítios arqueológicos, uma história repleta de humanidade, de descobertas e de paixão.
Neste “Sambaqui”, resultado de uma cuidadosa pesquisa que a autora realizou por mais de dez anos em museus, bibliotecas, universidades e escavações arqueológicas, Urda nos mostra que ainda se é possível ousar e escrever o novo, e que há muito mais para se saber a respeito dos antigos povos que habitavam estas terras em que hoje construímos nosso presente.

Viegas Fernandes da Costa
Historiador e escritor

245 Páginas – Preço: R$ 30,00 – ISBN: 978-85-86857-34-8 – 1ª edição

AS BRUMAS DANÇAM SOBRE O ESPELHO DO RIO – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Trata-se de um romance-histórico vivenciado por pescadores do litoral de Santa Catarina durante a guerra do Paraguai. O livro é a reedição do mesmo romance de 1981, conservando, inclusive, a apresentação do saudoso escritor e jornalista Norberto Cândido Silveira Júnior, e com orelha do escritor Maicon Tenfen.

Diz Maicon Tenfen a respeito do romance:

“Século XIX, praia do Itajaí, província de Santa Catarina.
Às vésperas da Guerra do Paraguai, um misterioso barqueiro da ilha de Nossa Senhora do Desterro aporta na casa e na vida de Elisa, jovem que vivia às voltas com seus afazeres à beira-mar. A convivência do forasteiro com a família de Mestre Bele, pai de Elisa, há de transformar a rotina local. Diante do estranho, o desconforto e os rubores da moça aos poucos vão cedendo a sensações e sentimentos até então desconhecidos por ela.
É assim que se inicia “As brumas dançam sobre o espelho do rio”, romance publicado no principio dos anos 1980 e que agora, sob nova roupagem editorial, retorna às livrarias do Estado e de todo o Brasil.
Depois do sucesso de Verde Vale, obra em que focaliza a colonização germânica no Vale do Itajaí, Urda A. Klueger volta seus olhos de ficcionista para as comunidades e a cultura do litoral catarinense. Com uma linguagem fluente e objetiva, acessível ao comum dos leitores, a autora utiliza um fato histórico pouco difundido nos manuais – o isolamento de colonos e pescadores no interior de Santa Catarina para escapar à carnificina que foi a desventura brasileira no Paraguai – para dar vida a uma gente simples que luta por dignidade e, a sua maneira, por um mundo melhor.
Graças a suas qualidades de narradora, Urda se desvencilha de todas as armadilhas comuns aos romancistas que trabalham com motes históricos. O tratamento “descritivo” do período nunca se sobrepõe ao vigor do enredo e dos personagens, que crescem e se agigantam conforme avançamos romance adentro. Em Urda e seus livros, encontramos o sabor e a leveza das boas narrativas, daí a permanência da autora e a constante reedição dos seus livros. É leitura que sempre vale a pena”.

Pequeno texto do romance:

“De repente, começou a grande explosão de alegria da natureza, que era florescimento dos ipês amarelos. Ah! Elisa, que coisa linda, que coisa linda! Bem ali detrás da cabana dela floresceu um ipê inteiro, um ipezão que já deveria ser secular (...). O milagre de setembro, porém é algo que não se explica: o ipezão, que parecia seco, de repente era um ipê de ouro, tão fortemente dourado que doía nas vistas só de olhar. Ah! Elisa, que coisa linda, que coisa linda!”
Elisa (...) andava agora em grandes devaneios pela natureza, apaixonada pela vida e por tudo o que estava acontecendo ao redor. Setembro também entrara nela (...) e uma brisa mais forte vinha e derramava uma chuva de ouro de flores de ipê sobre a cabana. Ah! Elisa, que coisa linda, que coisa linda!”


172 Páginas – Preço: R$ 23,00 – ISBN: 978-85-86857-30-0 – 5ª edição

VIAGEM AO UMBIGO DO MUNDO - CAPA PARA COLECIONADOR

O livro "Viagem ao umbigo do mundo" foi publicado com duas capas. Sendo está, especialmente dedicada a colecionadores.

VIAGEM AO UMBIGO DO MUNDO – AUTORES: URDA ALICE KLUEGER E PHD CHICO

Trata-se de um livro que conta uma viagem de motocicleta que os autores fizeram, saindo de Blumenau/SC/Brasil, até à fronteira de Dionísio Cerqueira, seguindo depois pelo Norte da Argentina e região do Chaco até os contrafortes da Cordilheira dos Andes e à cidade de Salta/Argentina. Neste trajeto, foram gastos três dias. Depois os autores e seus outros companheiros subiram a Cordilheira dos Andes em direção à São Pedro do Atacama/Chile, e seguindo em direção ao Oceano Pacífico, levando toda uma semana a atravessar o Deserto do Atacama. O destino seguinte foi o Peru, seguindo a rota de Tacna, Arequipa, etc. até Cusco, a antiga capital do Império Inca, onde se realizava um encontro interamericano de motociclismo. Vejamos o que diz a respeito do livro o historiador e escritor Viegas Fernandes da Costa:
VIAGEM AO UMBIGO DO MUNDO

São as mais insólitas parceiras que fazem nascer às histórias mais interessantes e inusitadas. Prova está neste livro.
Que Urda adora colocar a sua mochila nas costas e sair por este mundão a se aventurar pelo inédito, é coisa que já sabemos; mas que ousasse enfiar um capacete na cabeça e montar na garupa de uma Harley-Davidson para enfrentar o chaco argentino, a aridez do deserto do Atacama e as apocalípticas altitudes dos Andes, é coisa que nem seus mais íntimos amigos poderiam imaginar. Mas ela o fez! Na garupa da moto do amigo PHD Chico, viajou milhares de quilômetros na companhia dos harleyros, percorrendo quatro países desta América que tanto ama, e se deslumbrando com a natureza, os tipos e as dificuldades que foram encontrando pelo caminho até chegarem à cidade de Cusco, antiga capital Inca e o umbigo do mundo como acreditavam os “Filhos do Sol”. O resultado é esse fascinante relato.
Muito além de ser uma crônica de viagem (e que viagem!), trata-se de um impressionante olhar sobre a nossa cultura, nossa história e um lúcido documento que tornam este continente, tão rico e variado em paisagem e recursos naturais, nesta terra de tantas desigualdades sociais e tanto sofrimento, porém dona de um povo resistente e irmão que aprende a sobreviver e fazer ecoar séculos de história nas pedras dos seus templos e na lã de suas vestes. É esta a realidade que nos é aqui apresentada, mesclada a muita emoção, companheirismo e novas experiências compartilhadas pela escritora e os harleyros.
E se os motociclistas ensinaram a Urda a liberdade de se viajar sobre duas rodas. Urda nos ensina a liberdade de pensar e de impressionar com o que espera ser descoberto além daquilo que os olhos vêem e que só pode ser tocado com a sensibilidade de quem se importa com o outro e tem o sentimento do mundo, como diria mestre Drummond, transbordando do peito.
Sim, são as mais insólitas parcerias que fazem nascer às histórias mais interessantes e inusitadas. A prova é este livro, escrito pela sensibilidade da escritora e pela ousadia do motociclista. Um tributo à liberdade, à inteligência e à emoção! Um tributo à vida.


Viegas Fernandes da Costa
Historiador e escritor.



150 Páginas – Preço: R$ 20,00 – ISBN: 85-86857-28-9 -

ENCONTRO COM A INFÂNCIA – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

“Encontro com a Infância” trata-se de uma coletânea de crônicas memorialistas abrangendo o período em que a autora foi criança e adolescente num Blumenau de outros tempos. Segue texto da orelha do mesmo, escrito pelo professor doutor José Roberto Severino:
“Um livro pode ter muitos usos e sentidos. Este livro da Urda não é diferente. É para se ler sem pressa. O texto é leve como um bom chá com bolachinhas, gostoso, agradável, nada indigesto ou pesado. Urda sabe muito bem fazer isso. Uma contadora de histórias de primeira. Comove, faz rir, acalanta o espírito. O gêmeo deste livro, “No tempo da Bolacha Maria” nos fala do lugar, da imigração, da memória compartilhada de pessoas simples, como a vida pode ser. Urda é mestre nisso. E como boa narradora que é, fez uma segunda seleção de textos cujo tema é a simplicidade. Quando ela nos brinda com um novo livro, sempre pensamos no que virá por aí. Uma viagem, um sonho, uma trama. Ou quem sabe um drama. Não, o novo livro, “Encontro com a Infância”, é outra coisa. Deixe-o sobre a mesa. Permita que outros belisquem uma ou outra história, como um vidro de biscoitos que são furtados por crianças espevitadas passando pela sala de visitas. Cada história é um degustar sem pretensão de se matar a fome de saberes filosóficos profundos. É um deleite baseado na simplicidade de coisas ditas sobre a vida que corre de forma simples. Como a vida deve ser”.
José Roberto Severino
Professor Doutor de História UNIVALI/FURB

Pequeno texto do livro:
“Andar em pé no bagageiro da bicicleta do meu pai era o meu orgulho, a minha marca, já que nenhuma outra criança andava assim! Ficava cheia de pose, arriscando passos de trapézio, sem o menor medo de cair. Aquele bagageiro de bicicleta era como se fosse um palco onde eu podia viver todas as fantasias, e respirando profundamente eu as vivia na imaginação. Penso que naquela Blumenau da década de 1960, com seus 60.000 habitantes e suas ruas sem calçamento, não havia quem não prestasse atenção naquela menina corajosa que não temia andar em pé no bagageiro da bicicleta do seu pai!”

72 Páginas – Preço: R$ 20,00 – ISBN: 978-85-86857-29-4 – 1ª edição

HISTÓRIAS D’ALÉM MAR – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Trata-se do 15º livro da autora Urda Alice Klueger.
Segundo o escritor e Historiador Viegas Fernandes da Costa, que escreveu a orelha do mesmo:
“Lembro-me da primeira vez que a Urda e eu sentamos para conversar, falou-me das suas viagens, que são muitas e têm sempre algo assim de fantástico. Ouvir as histórias das suas peripécias pelo mundo é não apenas entrar em contato com curiosas e divertidas narrativas, mas também mergulhar na Antropologia dos povos que ela nos apresenta, porque Urda tem esse olhar de profunda curiosidade e de preocupação com a condição humana que a levou muito além das terras que seus pés pisaram, fazendo com que se preocupasse com a existência de povos geograficamente tão distantes de nós, porém tão próximos do seu coração, como é este que habita a longínqua Ilha do Timor e que ainda ontem se libertou do jugo colonial.
Das suas andanças pela Europa, do seu encantamento com a culinária portuguesa e tantas outras coisas; são múltiplas as sensibilidades que Urda compartilha conosco nas suas histórias, levando-nos do riso às lágrimas, do divertimento à reflexão. Com ela andamos pelos boulevares franceses e experimentamos rebuçados portugueses, quase perdemos o trem em meio aos velhos Pirineus adormecidos. A todos os lugares somos levados pelas mãos da autora e mochileira, da mulher e historiadora Urda Alice Klueger, que costura suas lembranças, aventuras e impressões de forma leve, agradável e intensa”.

“Histórias d´além mar” é o quarto livro de crônicas da autora, já consagrada como romancista, e reúne histórias que tratam das suas viagens pela Europa e das suas preocupações com aquilo que nos acontece mais diversos pontos deste nosso planeta, publicadas em jornais e revistas do Brasil e do exterior. Um convite à boa leitura.


109 Páginas – Preço: R$ 15,00 – ISBN: 85-86857-26-2 – 1ª edição

O POVO DAS CONCHAS – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Trata-se de um livro direcionado à criança, ao adolescente e a todas as idades. Concebido como para-didático, tem dicas, mapa, fotografias, desenhos, etc. Ele nos conta sobre o povo Sambaquiano, o povo que viveu no litoral sul do continente americano, principalmente na região de Santa Catarina, no período entre 6.000 e 2.000 anos antes do presente, período anterior à chegada do índio. É de grande interesse para o ensino de pré-história e para quem se interessa por Arqueologia em geral. Vejamos o que diz a respeito à prof. Dra. Elizabete Tamanini:

"O povo das Conchas" é uma produção literária muito especial onde conta, através da imaginação e de estudos bibliográficos acadêmicos, realizados de um jeito muito especial por nossa escritora Urda Alice Klueger, um pouco das possíveis trajetórias, caminhos e passos de homens, mulheres e crianças que viveram aqui em Santa Catarina, há muito tempo atrás, provavelmente uns 6.000 mil anos. Este livro tem o desejo de estimular a criatividade e o pensamento no público infanto-juvenil, mas também, deseja provocar em todos que o lerem, desafios para futuros estudos sobre estes povos que antecederam o processo de colonização européia no Brasil. Vale dizer que sabemos muito pouco sobre esta gente.E, por fim, sabe-se que o exercício da leitura leva-nos a construir princípios, paixões e compromissos com a vida, e faz com que nos comprometamos com a conservação e preservação das histórias de nossos mais antigos moradores e, porque não dizer, de nossos mais antigos parentes. Suas histórias estão presentes em muitos lugares de nosso Estado; é só dar uma olhadinha bem atenciosa e cuidadosa neste livro que encontraremos as pistas.

Profª. Dra. Elizabete Tamanini


61 Páginas – Preço: R$15,00 – ISBN: 85-86857-24-6 – 1ª edição – indicado para todas as idades

CRUZEIROS DO SUL – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Se a Colômbia tem seu Gabriel Garcia Márquez e seu “Cem Anos de Solidão”, Santa Catarina tem Urda Alice Klueger e seu “Cruzeiros do Sul”.
“Cruzeiros do Sul” não é um romance qualquer. Obra de maturidade da autora, narra a saga de um povo construído na diversidade étnica e na luta com as adversidades. Do encontro da índia Xokleng Madjá-Aiú e do degredado “Cabelo Amarelo” nasce Marixem, e com esta os tantos personagens que nos vão sendo apresentados e que vão preenchendo o território hoje chamado de Santa Catarina com suas migrações e ocupações, com seus encantos e desencantos.
Com profundo lirismo e humanismo, Urda nos tece o mural de um povo plural, único, aliando história e ficção da maneira que apenas os grandes escritores têm a capacidade de fazer. Pequenos dramas pessoais ou grandes tragédias familiares, o menino que via a magia e Juliana, que mesmo vítima de ladrões que lhe violentam o corpo e arrancam a vida do seu homem, encontra forças para continuar sua luta e educar seus filhos, são os enredos que vão se entrelaçando sob o luzeiro do Cruzeiro do Sul e povoando um livro que nos devolve à realidade de um Brasil atual, com suas mazelas sociais, suas violências e seus desmandos econômicos, mas também nos faz acreditar na força do ser humano quando carrega em si o sonho da vida.
Fruto de muitas pesquisas e imensa sensibilidade, “Cruzeiros do Sul” é um marco na obra da autora, bem como um marco na literatura catarinense. Leitura obrigatória para quem deseja conhecer melhor o povo deste Estado, sua história e sua ficção.

Viegas Fernandes da Costa
Escritor e Historiador


408 Páginas – Preço: R$ 50,00 – ISBN: 85-86857-23-8 – 2ª edição

CRÔNICAS DE NATAL E HISTÓRIAS DA MINHA AVÓ – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Décimo - primeiro livro da autora, o traz uma coletânea de crônicas de Natal, onde a autora conta sobre os mais mágicos Natais da sua vida. Descendente de imigrantes europeus, a autora nos traz os costumes antigos conservados na sua família e em muitas famílias da sua região (Blumenau/SC), os mesmo costumes natalinos que muita gente está esquecendo devido à nova vida de um mundo globalizado. Desde seu lançamento que o livro é um grande sucesso. Cinco crônicas finais, sobre “Histórias da minha avó” encerram o livro, onde fica bem patente à influência da avó da autora, imigrante lituana na década de 1890, sobre os atuais Natais da família da autora.
O livro está agora em sua quarta edição – revista e ampliada – trás na capa imagens do filme Por Causa do Papai Noel – da cineasta Mara Salla - que foi inspirado na crônica de mesmo nome, que consta no livro.


79 Páginas – Preço: R$ 20,00 – ISBN: 978-85-86857-31-7 – 3ª edição – indicado para qualquer pessoa que goste de Natal

A VITÓRIA DE VITÓRIA – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Único livro infantil da conhecida romancista catarinense, conta a história de Vitória, uma linda colher de prata que nasce, algum dia, em algum ponto da Europa, e por lá vive uma série de aventuras. Mais tarde, no baú de um imigrante, Vitória viaja para o Brasil, onde vai viver muitas outras aventuras. É claro que ela tem um namorado, um garfo mal-humorado, e muitos amigos no faqueiro aonde vive a maior parte da história. O final é feliz, com todos os talheres se encontrando, um dia, num museu. O texto é fácil e bonito, muito indicado para interdisciplinaridade, principalmente nas áreas de História e Geografia.

49 Páginas – Preço: R$ 12,00 – ISBN: 85-86857-02-5 – 3ª edição – indicado desde a 1ª até a 6ª Série do 1º Grau. Com desenhos para colorir

AMADA AMÉRICA – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Neste livro, a escritora Urda Alice Klueger nos traz uma coletânea das suas melhores crônicas sobre suas viagens pela América Latina (embora toda ela não seja Latina – a autora visitou países de línguas bem diferentes, como Aruba, por exemplo, onde se fala o “papiamento”).
Vamos transcrever, abaixo, a opinião de Aldo Vera Sarubbi, o autor do prefácio:
Conheci a Urda numa viagem a Porto Alegre, em 2001. Estávamos indo para o II Fórum Social Mundial. A partir daquele momento, o amor pela Literatura e os sonhos de que “Um Mundo Melhor é Possível” nos uniu. E nasceu, também, uma grande amizade.
Com este livro de crônicas, que não é o primeiro, a Urda recolhe os frutos da sua observação dos lugares e caminhos da nossa América, por onde andou. E também o registro das suas vivências e experiências com pessoas que, apesar de compartilharem de idênticos problemas e dores, pertencem a povos diferentes.
Ao ler estas crônicas americanas, o olhar da Urda, por vezes banhado de candura, por vezes cheio de indignação, aproxima de nós uma realidade rica e complexa que o Brasil não reconhece como sendo sua também.
Eduardo Galeano já escrevia, em 1978, que “não nascemos na lua, nem moramos no sétimo céu. Temos a sorte e o azar de pertencer a uma região atormentada do mundo, a América Latina, e de viver historicamente num tempo que castiga duramente a gente.”
A nossa janela aberta ao mundo não mira exatamente para essa “nossa” América Latina, para seus povos e suas diversas culturas, muito mais próximas de nossas raízes e sonhos que a cultura do império estadunidense.
O sentido e o valor destas crônicas de viagem reside na sua capacidade de mobilizar luzes e sentimentos sobre uma realidade que a Urda se encarrega em nos mostrar. Uma realidade da qual ninguém que a conheça de perto, nem mesmo o mais frio dos escritores, pode sair ileso.
Peguemos, então, a carona da Urda com estas leves e magníficas crônicas. E boa viagem!
Aldo Vera Sarubbi
Médico e amigo


64 Páginas – Preço: R$ 15,00 – ISBN: 85-86857-22-X – 1ª edição – indicado para todas as idades

VEM, VAMOS REMAR – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Neste livro, a escritora Urda conta a sua experiência pessoal com a Grande Enchente de 1983, em Blumenau. Tudo é de verdade: os personagens, os acontecimentos, etc. Indicado para todos as idades. E edição é rememorativa dos 20 anos do acontecimento, com novo tratamento visual e gráfico, e foi revisada e ampliada, inclusive com um posfácio onde é contado onde estão os personagens e o que fazem agora, vinte anos depois.

Vejamos o que diz sobre ele uma das personagens:
Passados vinte anos da grande enchente em Blumenau, reli "Vem, vamos remar", exatamente num dia de chuva torrencial, e todas as emoções vieram à tona. Senti-me novamente passando o período de enchente, com uma filha bebê, sentindo fome e frio, com toda a roupa úmida, inclusive a do guarda-roupas, sabendo que tantas outras pessoas estavam passando pelas mesmas dificuldades, ou talvez até maiores. Lembro-me bem da música de Geraldo Vandré, que adquiriu nova letra por conta do nosso drama; dos soldados, meninos que talvez nunca tivessem passado por nenhuma dificuldade na vida, e que depois de noites e dias, trabalhando para que a comunidade tivesse seus pertences a salvo, ou distribuindo sacos com sanduíches feitos com pão amanhecido, doados por algum supermercado ou padaria de outra cidade que não tinha sido atingida pelas águas, para matar a fome dos que nada tinham em casa para comer, também choravam de saudades da mãe, ou da mulher e filho. Chorei muito. Chorei tudo que guardei durante a enchente de 1983. E cheguei à conclusão que Urda teve a felicidade de contar com toda a verdade, todo o drama que nós, blumenauenses, passamos, não tendo água potável, comida e dignidade dentro da própria casa, apenas a água lamacenta da enchente.


Margaret Klueger
Protagonista do livro


88 Páginas – Preço: R$ 15,00 – ISBN: 85-86857-20-3 – 4ª edição

NO TEMPO DAS TANGERINAS – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

A Editora Hemisfério Sul Ltda. Comunica que já está nas melhores livrarias da Região Sul a 10ª edição do livro “No tempo das tangerinas”, de autoria da escritora da Academia Catarinense de Letras Urda Alice Klueger. Tal livro é a continuação de outro, o “Verde Vale”, que recentemente atingiu também a décima edição, marca até então inédita em Santa Catarina. “No tempo das tangerinas” também se encontra na lista do Vestibular dos anos de 2003, 2004 e 2005. A nova edição vem totalmente remodelada graficamente, com capa de João Batista Rodrigues (FJR).
Vejamos o que diz a escritora Mariana Klueger a respeito:“Fui honrada com o pedido de escrever a orelha deste livro, e para tal voltei a lê-lo depois de anos tantos. E pronto, foi começar e a emoção me assaltar. Emoção da saudade. Saudade de um tempo que não voltará, mas que ainda aproveitei o meu cadinho. Cadinho com cheiro de tangerina, de tardes frias e noites de terral, de vacas mugindo e de leite recém tirado. De aipim frito e chá de mate quente. E o calor da emoção percorrendo minha cabeça a medida que a história se desenrolava e me transportava para uma infância de banhos de ribeirão, passeios de carroça, frutas roubadas ainda verdes, olhos doces de meu avô que tudo via e sabia, mas tudo perdoava, rindo por baixo de seus ruivos bigodes. O namoro de Terezinha (quantos de nós também passou por algo assim?), e a torcida para dar certo no final, a brasilidade aflorada na sua força total, a luta do homem do campo, do imigrante, enfim tudo que me levou a me emocionar, vai levar você, leitor, a viajar no tempo das tangerinas.”

Mariana Klueger
Escritora


160 Páginas – Preço: R$ 25,00 – ISBN: 85-86857-18-1 – 10ª edição – indicado para todas as idades

VERDE VALE – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Este livro é uma marca histórica: é a primeira vez que um livro de literatura, em Santa Catarina, atinge a décima - primeira edição. Sucesso absoluto desde a primeira edição, vejamos o que diz dele a poeta e jornalista Tânia Rodrigues:
“Urda escreve sobre gente. Fala de vida. De alegrias e sofrimento.De passado e de presente. Mas com o pé no futuro. Otimista. Otimismo é recorrente em Verde Vale. Ao contar a história da família Sonne, Urda Klueger vai revelando a vida na então Colônia Blumenau, com a precisão de um pintor realista e com a emoção de uma mãe que pari a primeira cria. Muito já se escreveu sobre a saga da imigração alemã no Vale do Itajaí. Mas creio que Verde Vale seja o único instrumento que consegue colocar o leitor no dia a dia de uma família alemã, que deixou a sua terra natal em busca de melhores condições para viver. Faz-nos abrir o coraçãopara compreender como e o quanto sofreu a gente de olhos claros.Dá pra sentir o peso do machado lanhando mata adentro. Dá pra se arrepiarcom a ameaça dos indígenas, que por sua vez também não compreendiam ainvasão que sofriam. E como não chorar com os imigrantes, saudosos dapátria que ficou distante ou alegrar-se como eles ao ver a terra arada, a mesa um pouco mais farta, a vida seguindo, mas com rumo certo? O futuro podia ser sonhado, enfim. Verde Vale é um livro cheio de vida. Em cada página, em cada detalhe, o sangue pulsa. Amores, paixões, medos, tragédias. A vida à margem de um grande rio. Feito ele, seguindo.”
A décima edição fala por si só.


203 Páginas – Preço: R$ 30,00 – ISBN: 85-86857-19-X – 11ª edição – indicado para todas as idades

quinta-feira, 25 de junho de 2009

NO TEMPO DA BOLACHA MARIA – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Neste livro a autora reuniu crônicas memorialistas das décadas de 50/60/70 em Blumenau, onde viveu sua infância e juventude. De leitura agradável, o mesmo tem agradado tanto a adultos quanto crianças. Indicado para qualquer idade, o livro, já nos seus dois primeiros meses de lançamento praticamente esgotou uma edição. Décimo - segundo livro da autora, o mesmo vem consolidar a aceitação do público e a fama da mesma.


99 Páginas – Preço: R$ 15,00 – ISBN: 85-86857-16-5 – 2ª edição – indicado para qualquer idade

ENTRE CONDORES E LHAMAS – AUTORA: URDA ALICE KLUEGER

Trata-se do 10º livro da conhecida romancista catarinense. Nesse caso, o livro não é um romance: nele, a autora conta interessantíssima viagem por terra que fez aos Andes (Peru e Bolívia), até a região de Cusco e Machupichu. A linguagem é interessante e bem humorada, e nele pode-se conhecer costumes, hábitos, história, geografia e cultura dos países visitados. É um livro muito utilizado em escolas de 1º e 2º Graus, principalmente por sua facilidade na interdisciplinaridade. Também indicado para leitura nas férias, devido à leveza da sua linguagem bem humorada e interessante. Inclui mapa.


153 Páginas – Preço: R$ 15,00 – ISBN: 85-86857-09-2 – 1ª edição – indicado para 1º e 2º Graus.

PS: ESGOTADO

quarta-feira, 24 de junho de 2009

BALA, PERDIDA? – AUTOR: MAURO CESÁR BRUGINSKI CAMARGO

Excelente romance de suspense, o livro conta a história de um grupo de jovens favelados, extremamente pobres, mas que sonham em estudar, trabalhar e ter uma vida digna. As coisas estão dando certo, quando eles se vêem envolvidos com uma quadrilha internacional de tráfico de órgãos! A situação de todos fica perigosíssima, e o romance se desenrola a partir dessa nova realidade daqueles jovens que só queriam ter uma vida honesta e profícua. O autor foi muito feliz com a moderna linguagem que usou, sendo que o próprio romance tem um ar muito moderno, com coisas se resolvendo via Internet, etc.
Livro indicado para interdisciplinaridade em aulas de Literatura e Ética. Trata-se do segundo romance do autor, que também já publicou o romance A Ilha de Alor.


265 Páginas – Preço: R$ 20,00 – ISBN: 85-86857-12-2 - indicado desde a 7ª série do Ensino Fundamental até a 3º série do Ensino Médio, e para adultos.
PS: ESGOTADO

OS AROMAS DO DESERTO – AUTORA: MARIANA KLUEGER

Trata-se do segundo livro da escritora, que viveu 25 anos de sua vida em oito países africanos. O primeiro livro, que obteve grande sucesso, chama-se “...e assim se passaram dois anos. (No doce interior da África)”, onde ela conta sobre sua vida no Malawi, o país que foi seu portal de entrada para a África.Vejamos o que diz o historiador Viegas Fernandes da Costa sobre este segundo livro:Produto e vítima do mundo moderno, a Somália foi inventada pelo Ocidente, e assim como a quase totalidade dos países africanos, foi artificialmente unificada pelo invasor europeu - que não considerou a organização tribal da região - e naufragou na saliva do sedento imperialismo inglês, que depois a partilhou com a Itália. Alcançou a independência política após a II Guerra, mas como tudo que é artificial e forçado, a invenção do país Somália fracassou, e a população, já vitimada pelo agressor externo e pelas condições climáticas, viu-se envolvida nas guerras entre tribos que almejam o poder. E foi justamente neste país, quase que totalmente desconhecido dos brasileiros, mas que em muitos aspectos nos é semelhante, que se aventurou Mariana Klueger. É do seu estranhamento com um mundo que lhe é oposto, de um mundo que em muitos momentos lhe provocou o medo, a angústia e, por que não, o desespero, que brota a percepção do impossível: o perfume. "Os Aromas do Deserto" é o relato do tempo em que a autora morou na Somália, acompanhando seu ex-marido, então técnico contratado para treinar a seleção de futebol local. Um relato emocionante, lírico e que desperta a nossa curiosidade a respeito de um povo distante e diferente. Nas páginas que seguem, Mariana Klueger nos apresenta personagens reais, como a muçulmana Hallima, que a convida para assistir a uma cerimônia cultural de mutilação genital feminina, e nos coloca diante de situações espantosas, como a do Sheik que desejava raptá-la para o seu harém. Um livro agradável de ser lido e valioso como testemunho da realidade de um povo que vive na marginalidade do mundo contemporâneo, mas que ao mesmo tempo é o seu retrato mais fiel.Segue o trecho de abertura do livro:Estamos em 1980, comecinho do ano, sobrevoando São Paulo; vamos pousar daqui a alguns minutos no aeroporto de Congonhas, vindos de Curitiba.Lá embaixo, a cidade desfila ante aos meus olhos: prédios e mais prédios, os famosos "arranha-céus" paulistanos parecem se multiplicar e de repente vão crescendo. Estamos descendo, vamos pousar. Veio aquele frio na barriga que não perdi até hoje quando tenho que desembarcar em Congonhas. Parece que o avião vai pousar em cima de um dos prédios.Milhões de pessoas vivem, trabalham e estudam na capital paulista, todos num corre-corre que é famoso no mundo. Ninguém tem tempo, ninguém olha para o lado, todos concentrados nas suas vidas, nos seus problemas do dia a dia.Penso: será que alguém por aqui sabe onde é a Somália?Pois é para lá que estamos indo. Os aromas do deserto.


64 Páginas – Preço: R$ 12,00 – ISBN: 85-86857-17-3 – 1ª edição – indicado para todas as idades

... E ASSIM SE PASSARAM DOIS ANOS. (NO DOCE INTERIOR DA ÁFRICA) – AUTORA: MARIANA KLUEGER

Mariana Klueger morava em Curitiba, em 1975, quando se muda para a África. Na ocasião, tem 3 filhos pequenos – o quarto filho vai nascer na África, num pequeno país chamado Malawi. Durante 25 anos, ela vive no continente Africano, num total de 08 países. De volta ao Brasil, ela está contando sua vida e suas aventuras naquele continente. Esse primeiro livro é extremamente interessante, cheio de sensibilidade e bom humor, e desmistifica a imagem negativa que nós, brasileiros, temos da África, mostrando-nos uma terra e uma gente que nós não imaginamos. É um livro também já bastante adotado em escolas pela sua facilidade interdisciplinar. Inclui mapa.


82 Páginas – Preço: R$ 12,00 – ISBN: 85-86857-10-6 – 1ª edição – indicado para Ensino Fundamental e Médio
PS: ESGOTADO

BORBOLETETAS NOS JACATIRÕES – AUTOR: LUIZ CARLOS AMORIM

Borboletas nos Jacatirões é um livro de crônicas, do renomado escritor catarinense, Luiz Carlos Amorim. Livro de fácil e agradável leitura, escrito com a doçura e delicadeza que são características do autor.
Vejamos o que disse a respeito do livro a escritora Urda Alice Klueger:
Faz muito tempo, já perto de umas três décadas, que Luiz Carlos Amorim entrou na minha vida, tanto por sermos ambos da área de Literatura, tanto quanto por seu irmão Ivan, que trabalhava comigo no banco onde eu ganhava o pão de cada dia. Estávamos ambos começando uma carreira literária, e enquanto eu ensaiava os primeiros passos timidamente, Amorim já estreava criando todo um Movimento, o Grupo Literário “A Ilha”, que naquelas alturas significava a Ilha de São Francisco do Sul, no litoral Norte de Santa Catarina, e hoje significa a Ilha de Santa Catarina, onde fica a cidade de Florianópolis, e se sabe lá quantas ilhas e cabos e istmos que existem dentro de tantos escritores que têm acompanhado Amorim ao longo das últimas décadas!
Fomos descobrindo mais coisas que nos aproximava, desde então: um dia descobrimos que éramos quase gêmeos, fazíamos aniversário no mesmo dia e mês, por pouco não fôramos coleguinhas de maternidade! E fomos acompanhando a vida um do outro, e lembro de coisas muito lindas nessa longa carreira do companheiro que ficaria sempre como alguém muito próximo, como as tantas realizações literárias dele, que vão estar resumidamente resumidas mais adiante, que este livro é curto para tanta coisa, bem como de momentos tão tristes, como quando, numa primavera que ficou lá para trás, sua primeira filhinha se foi com poucos dias, voando entre borboletas, acompanhada por anjinhos que devem estar cuidando dela com muito carinho até hoje!
Deu a vida a Amorim outras duas filhas, moças lindas e inteligentes, com quem convivi, faz pouco tempo, num camping lá na Armação do Sul; deu-lhe companheira dedicada – e, além de tudo, deu-lhe a tremenda sensibilidade que vai ficar tão em evidência neste livro.
Quando falamos em tal publicação, Amorim, escritor de intensa produção, selecionou uma quantidade enorme de textos e me mandou: “Olha, tu escolhes o que achares melhor!” Penso que nunca um conselho editorial teve tanto trabalho – aquilo era como uma catarata de Literatura, e como tirar dela os respingos que caberiam nas parcas páginas deste livro? Foi trabalho árduo fazer tal escolha, pois sempre havia um texto que parecia ainda melhor que o outro, e estávamos sempre a trocar. Então, resolveu-se que o livro acabaria sendo como que uma vitrine de tão vasta obra, e está ele aí, agora, dividido em capítulos, cada capítulo com um assunto diferente: duvido que você não goste! Desde as lembranças do menino Amorim até os bastidores da Literatura, ao qual o público leigo dificilmente tem acesso, passando por magníficas coisas como seus textos sobre Mário Quintana, está aí à vitrine. Não deixe de espiar este primor! Nem todos os dias saem livros assim!

Blumenau, 27 de junho de 2007.

Urda Alice Klueger
Escritora


104 Páginas – Preço: R$ 20,00 – ISBN: 978-85-86857-35-5 – 1ª edição – Indicado para pessoas sensíveis de todas as idades

A MORTE DO ARCO-ÍRIS – AUTOR: JORGE ANTUNES

O livro conta a história de Jorginho, um menino que aprende cidadania com o seu avô, que está de visita. O condomínio onde Jorginho mora vai perder o seu parquinho, para que seja aumentado o estacionamento. Através de um abaixo-assinado de todas as crianças, Jorginho consegue conservar e até melhorar o parquinho. Mais tarde, nas férias, Jorginho visita a fazenda do seu avô, onde o arco-íris está morrendo, devida à chuva ácida provocada pelas fábricas do seu avô. Ele, então, usa o que aprendeu do próprio avô, mobiliza as crianças da região e salva o arco-íris. Texto de uma beleza estética e poética ímpares, este é um livro que agrada a todas as idades.


107 Páginas – Preço: R$ 10,00 – ISBN: 85-86857-08-4 – 1ª edição – indicado desde a 1ª até a 6ª série do Ensino Fundamental. Com desenhos para colorir.
PS: ESGOTADO

A FÁBULA: CIDADE DOS DESGRAÇADOS – AUTOR: HUGO MÁXIMO

Neste seu primeiro livro publicado (temos conhecimento de outros já escritos, de igual quilate), Hugo Máximo nos presenteia com uma coisa quase inédita: um romance de terror com final feliz. Ambientada na pequena cidade onde se criou o autor conta a história de uma cidade possuída pelo demônio, onde acontecem coisas terríveis e escabrosas; onde, inclusive, o dia está sendo paulatinamente, engolido pela noite. Um antigo morador que volta para sua cidade, mais o padre e alguns outros personagens conseguem desvendar o mistério do que acontece e devolver a cidade à normalidade.



143 Páginas – Preço: R$ 15,00 – ISBN: 85-86857-14-9 – 1ª edição – indicado para alunos das 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A SÉTIMA CAVERNA – AUTOR: HARRY WIESE

A Sétima Caverna é um romance passado no interior do Vale do Itajaí, na metade do século XX, onde vive um menino que queria ser cientista. Sua vida junto aos pais, ao corajoso cachorro e a um misterioso vizinho leva-o a descobrir os mistérios de A Sétima Caverna. Romance de profundo respeito pela natureza e pelos povos originários, o livro tem prefácio de Maicon Tenfen e belíssima capa de Johnny Kamigashima.

Sobre o livro, disse a escritora Urda Alice Klueger:
Harry e eu nos conhecemos quando já estávamos quase a dobrar o Cabo da Boa Esperança, num tempo tardio da vida, e de uma forma bem inesperada: Harry adentrou pela Editora Hemisfério Sul, onde eu me encontrava, decerto curioso com o que ali acontecia. Falou da sua experiência de escritor, e ficou a contar de um livro que terminara, e que contava a história de A Sétima Caverna.
Fiquei a interrompê-lo: “Não conte mais! Traga o livro para eu ler!”
Ele trouxe, num outro dia. Então, no meu exíguo tempo, fui lendo aquele livro inesperado, que chamava a atenção, em primeiro lugar, pelo português correto e pela preciosidade do texto – mas que logo passou a me encantar, sobretudo, pelo grande respeito à natureza e aos povos originários com que é escrito, coisa bastante rara de se ver neste nosso mundo eurocêntrico, onde parece que tudo começou com Colombo e Cabral, e onde não há muito espaço para os milhares de anos de História que aconteceram antes deles na nossa América.
Com extrema facilidade, Harry Wiese consegue mesclar experiências autobiográficas calcadas na sua infância que aconteceu com grande reverência para com a natureza e no seu sonho de vir a ser um cientista, transportando-os para uma época anterior e para os mistérios da escondida sétima caverna, onde se ocultavam grandes mistérios de uma emocionante e musical história de amor e da nossa própria história.
Não devo contar muita coisa aqui – é melhor convida-lo: venha logo descobrir os mistérios de A Sétima Caverna! Vale a pena!



Urda Alice Klueger
Escritora


262 Páginas – Preço: R$ 30,00 – ISBN: 978-85-86857-33-1 – 1ª edição

O BURRINHO QUE CALCULAVA – AUTORA: ANAMARIA KOVÁCS

Conhecida autora infantil, neste livro Anamaria nos conta a história do burrinho Marrom, que foge de um circo e encontra uma família que o adota. O novo dono é um feirante que não sabe fazer contas, e Marrom, treinado no circo para resolver as questões de Aritmética, passa a ajudar o feirante no seu trabalho. Com a ajuda de Marrom, o novo dono consegue fazer bons negócios e torna-se um feirante próspero. Com uma linguagem gostosa e fácil, não há criança que possa deixar de gostar deste livro. Indicado para interdisciplinaridade, principalmente na área de Matemática. Vem com desenhos para colorir.


18 Páginas – Preço: R$ 5,00 – ISBN: 8586857-06-8 – 1ª edição – Indicado para crianças até a 3ª série do Ensino Fundamental.


PS: ESGOTADO

AO ENCONTRO DA MANHÃ – AUTOR: ALMIRO CALDEIRA

O escritor Almiro Caldeira não é alguém novo. Desde “Rocamaranha”, sua novela inicial, aonde conta a grande aventura da imigração açoriana para Santa Catarina, tornou-se destaque na Literatura desse Estado e do Brasil – suas diversas outras produções posteriores só vieram acrescentar ao que já se esperava de tão elegante e talentoso prosador.
“Ao Encontro da manhã” teve sua primeira edição na década de 1960 – a Editora Hemisfério Sul traz ao público, novamente, livro de tal quilate. Vejamos o que diz a respeito dele a Escritora e Historiadora Urda Alice Klueger:

“Romancista-histórica que sou, há coisa de duas décadas travei um primeiro relacionamento com o escritor Almiro Caldeira através do incomparável romance Rocamaranha”. Enquanto cá do meu lado eu me dedicava a contar sobre imigração alemã, coisa já trabalhada por outras pessoas, seu Almiro Caldeira me apresentava pela primeira vez às delícias e amarguras da imigração açoriana, tão intensa e importante para este meu Estado de Santa Catarina. E não era uma simples pesquisa histórica: trazia ele a história desses imigrantes escrita com tal ternura, com tal poesia, que eu me quedaria sua fã para sempre.
Pouco mais adiante, conheci-o: era um simpático e espirituoso cavalheiro que fez parte de uma mesma mesa que eu, numa universidade, a contar sobre o seu processo criativo. Como aprendi naquela noite! Ele contou para uma platéia atenta e para mim, embasbacada, o jeito como pesquisava sua linguagem lá bem nas fontes, como saía de bloquinho e lápis na mão pelos mais recônditos cantos da Ilha de Santa Catarina, nos antigos lugares iniciados pelos imigrantes açorianos mais de dois séculos antes, a anotar cada expressão diferente, cada ditado, cada termo que a sociedade atual talvez já estivesse a esquecer, para usá-los nos textos que criasse. Era um privilégio estar ali a ouvi-lo contar das suas experiências.
Li outros livros dele, depois, e agora, já na aposentadoria, e também editora, tenho o enorme prazer de poder reeditar um dos mais lindos livros do seu Almiro, “Ao encontro da manhã”. Romance de rara beleza, ternura e poesia, nele seu Almiro Caldeira nos transporta para uma Santa Catarina do Século XIX, para o interior da Revolução Federalista, tão desconhecida, hoje, das novas gerações, mas onde seu próprio avô, capitão-engenheiro Romualdo de Carvalho Barros, e seu tio-avô coronel Luis Caldeira de Andrada, foram assassinados por Floriano Peixoto junto com mais de outros 140 catarinenses, na Ilha do Anhatomirim, onde hoje costumamos fazer turismo. Sei que a maioria do grande público desconhece as coisas acontecidas àquela altura no nosso Estado. Não faz mal. Agora, com “Ao encontro da manhã”, as pessoas poderão se abastecer de muitas informações que faltavam. A linda e corajosa moça chamada Benita e um ousado soldado de nome Colombo vão lhes contar coisas que vocês nem imaginavam! Boa viagem ao passado, amigos! Benita e Colombo os esperam!”

Urda Alice Klueger
Escritora e historiadora



274 Páginas – Preço: R$ 35,00 – ISBN: 85-86857-27-0