O escritor Almiro Caldeira não é alguém novo. Desde “Rocamaranha”, sua novela inicial, aonde conta a grande aventura da imigração açoriana para Santa Catarina, tornou-se destaque na Literatura desse Estado e do Brasil – suas diversas outras produções posteriores só vieram acrescentar ao que já se esperava de tão elegante e talentoso prosador.
“Ao Encontro da manhã” teve sua primeira edição na década de 1960 – a Editora Hemisfério Sul traz ao público, novamente, livro de tal quilate. Vejamos o que diz a respeito dele a Escritora e Historiadora Urda Alice Klueger:
“Romancista-histórica que sou, há coisa de duas décadas travei um primeiro relacionamento com o escritor Almiro Caldeira através do incomparável romance Rocamaranha”. Enquanto cá do meu lado eu me dedicava a contar sobre imigração alemã, coisa já trabalhada por outras pessoas, seu Almiro Caldeira me apresentava pela primeira vez às delícias e amarguras da imigração açoriana, tão intensa e importante para este meu Estado de Santa Catarina. E não era uma simples pesquisa histórica: trazia ele a história desses imigrantes escrita com tal ternura, com tal poesia, que eu me quedaria sua fã para sempre.
Pouco mais adiante, conheci-o: era um simpático e espirituoso cavalheiro que fez parte de uma mesma mesa que eu, numa universidade, a contar sobre o seu processo criativo. Como aprendi naquela noite! Ele contou para uma platéia atenta e para mim, embasbacada, o jeito como pesquisava sua linguagem lá bem nas fontes, como saía de bloquinho e lápis na mão pelos mais recônditos cantos da Ilha de Santa Catarina, nos antigos lugares iniciados pelos imigrantes açorianos mais de dois séculos antes, a anotar cada expressão diferente, cada ditado, cada termo que a sociedade atual talvez já estivesse a esquecer, para usá-los nos textos que criasse. Era um privilégio estar ali a ouvi-lo contar das suas experiências.
Li outros livros dele, depois, e agora, já na aposentadoria, e também editora, tenho o enorme prazer de poder reeditar um dos mais lindos livros do seu Almiro, “Ao encontro da manhã”. Romance de rara beleza, ternura e poesia, nele seu Almiro Caldeira nos transporta para uma Santa Catarina do Século XIX, para o interior da Revolução Federalista, tão desconhecida, hoje, das novas gerações, mas onde seu próprio avô, capitão-engenheiro Romualdo de Carvalho Barros, e seu tio-avô coronel Luis Caldeira de Andrada, foram assassinados por Floriano Peixoto junto com mais de outros 140 catarinenses, na Ilha do Anhatomirim, onde hoje costumamos fazer turismo. Sei que a maioria do grande público desconhece as coisas acontecidas àquela altura no nosso Estado. Não faz mal. Agora, com “Ao encontro da manhã”, as pessoas poderão se abastecer de muitas informações que faltavam. A linda e corajosa moça chamada Benita e um ousado soldado de nome Colombo vão lhes contar coisas que vocês nem imaginavam! Boa viagem ao passado, amigos! Benita e Colombo os esperam!”
Urda Alice Klueger
Escritora e historiadora
274 Páginas – Preço: R$ 35,00 – ISBN: 85-86857-27-0
“Ao Encontro da manhã” teve sua primeira edição na década de 1960 – a Editora Hemisfério Sul traz ao público, novamente, livro de tal quilate. Vejamos o que diz a respeito dele a Escritora e Historiadora Urda Alice Klueger:
“Romancista-histórica que sou, há coisa de duas décadas travei um primeiro relacionamento com o escritor Almiro Caldeira através do incomparável romance Rocamaranha”. Enquanto cá do meu lado eu me dedicava a contar sobre imigração alemã, coisa já trabalhada por outras pessoas, seu Almiro Caldeira me apresentava pela primeira vez às delícias e amarguras da imigração açoriana, tão intensa e importante para este meu Estado de Santa Catarina. E não era uma simples pesquisa histórica: trazia ele a história desses imigrantes escrita com tal ternura, com tal poesia, que eu me quedaria sua fã para sempre.
Pouco mais adiante, conheci-o: era um simpático e espirituoso cavalheiro que fez parte de uma mesma mesa que eu, numa universidade, a contar sobre o seu processo criativo. Como aprendi naquela noite! Ele contou para uma platéia atenta e para mim, embasbacada, o jeito como pesquisava sua linguagem lá bem nas fontes, como saía de bloquinho e lápis na mão pelos mais recônditos cantos da Ilha de Santa Catarina, nos antigos lugares iniciados pelos imigrantes açorianos mais de dois séculos antes, a anotar cada expressão diferente, cada ditado, cada termo que a sociedade atual talvez já estivesse a esquecer, para usá-los nos textos que criasse. Era um privilégio estar ali a ouvi-lo contar das suas experiências.
Li outros livros dele, depois, e agora, já na aposentadoria, e também editora, tenho o enorme prazer de poder reeditar um dos mais lindos livros do seu Almiro, “Ao encontro da manhã”. Romance de rara beleza, ternura e poesia, nele seu Almiro Caldeira nos transporta para uma Santa Catarina do Século XIX, para o interior da Revolução Federalista, tão desconhecida, hoje, das novas gerações, mas onde seu próprio avô, capitão-engenheiro Romualdo de Carvalho Barros, e seu tio-avô coronel Luis Caldeira de Andrada, foram assassinados por Floriano Peixoto junto com mais de outros 140 catarinenses, na Ilha do Anhatomirim, onde hoje costumamos fazer turismo. Sei que a maioria do grande público desconhece as coisas acontecidas àquela altura no nosso Estado. Não faz mal. Agora, com “Ao encontro da manhã”, as pessoas poderão se abastecer de muitas informações que faltavam. A linda e corajosa moça chamada Benita e um ousado soldado de nome Colombo vão lhes contar coisas que vocês nem imaginavam! Boa viagem ao passado, amigos! Benita e Colombo os esperam!”
Urda Alice Klueger
Escritora e historiadora
274 Páginas – Preço: R$ 35,00 – ISBN: 85-86857-27-0
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